Depois de não conseguir explicar direito o “milagre da multiplicação”, o consultor Antônio Palocci agora é ex-Ministro da Casa Civil
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É, Palocci… Não deu. |
Finalmente! Antônio Palocci deixa o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil, depois de 5 meses no posto, a convite da presidente (a) Dilma Rousseff. O petista não suportou a pressão da opinião pública, que pedia (e ainda pede) explicações sobre a multiplicação do seu patrimônio, em absurdas 20 VEZES, de 2006 até o ano passado, enquanto era deputado federal e cabeça da campanha eleitoral de Dilma.
Palocci alegou ter enriquecido com trabalhos de consultoria à empresas, através da Projeto, de sua propriedade. Apenas em 2010, o agora ex-Ministro teria ganhado R$ 20 MILHÕES (sim, tudo isso em CONSULTORIA)! Segundo ele, tamanho montante seria resultado de acordos firmados durante o último mandato do ex-Presidente Lula (2006-2010), com empresas que achariam “útil” o seu trabalho. Utilíssimo, pra valer tanto…
O CASO As denúncias surgiram há cerca de 20 dias, em reportagem da “Folha de São Paulo”, mas não houve punição penal, pois como Ministro, Palocci tinha direito a foro privilegiado, e as primeiras investigações, da Polícia Federal, tiveram que ser arquivadas, já que isso apenas competiria à Procuradoria Geral da República.
Muitos queriam ouvir o que o principal personagem da história tinha a dizer, e demorou. A oposição acusou a bancada do PT e o Governo de “blindar” Palocci, protegendo-o da exposição e das acusações. Porém, ele concedeu uma entrevista (nada explicativa, diga-se de passagem) ao Jornal Nacional, na última quinta (3). Óbvio que a entrevista não foi ao vivo, senão a coisa seria bem mais embaraçosa para o ex-Ministro. Não deixou de ser.
“O ministro considera que a robusta manifestação do procurador-geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade de embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, decidiu solicitar seu afastamento” – Com essas palavras, a Assessoria de Imprensa da Casa Civil explicou a saída de Palocci do cargo.
Agora, quem assume o abacaxi (indigesto) é a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR). Seria mais uma a sofrer com a “Maldição da Casa Civil”, que desde o Caso Erenice, no ano passado, perdeu a credibilidade? Será que ela também tem podres a esconder?
Gustavo Ferreira
Fonte: G1
(Foto: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2011/05/palocci.jpg)