Pão de Açúcar, BNDES e as explicações

Presidentes das duas instituições serão convidados para dar mais detalhes sobre a “ajudinha” do Banco na fusão com o Carrefour

Fonte: JB (com informações da Reuters, do G1 e do site Vermelho.org.br)
Nas últimas semanas, um dos assuntos mais comentados foi a, digamos, conturbada fusão entre dois dos conglomerados varejistas mais poderosos do país. O Pão de Açúcar, do empresário mais ou menos rico Abílio Diniz, propôs que os ativos brasileiros do Carrefour se juntassem ao seu grupo, a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD). Só que esta seria uma manobra de Diniz para fugir de um contrato assinado em 2005, segundo o qual o empresário perderia sua galinha dos ovos de ouro.
Seu Abílio, em pose clássica de gente rica
(FOTO: Germano Riders)
Este contrato foi assinado com a Casino, rede de supermercados rival do Carrefour na França, e sócia do Pão de Açúcar no Brasil, e dizia que a posse dos supermercados da rede de Abílio passariam ao comando da Casino em 2012. De qualquer forma, a fusão só seria legalizada se a sócia do PA concordasse. Claro que eles não concordaram.
“EMPURRÃOZINHO” E onde o BNDES entra nesse jogo? Na parte mais importante: o capital. Para tentar concretizar a idéia de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, Seu Abílio chamou alguns parceiro$ para ajudá-lo. Um deles seria a Gama, empresa nacional, do BTG Pactual, um banco de investimentos. O outro parceiro seria o BNDESPar, uma empresa do BNDES (dã), responsável por gerir a participação do banco em empresas.
E de quanto seria essa participação? A bagatela de R$ 3,8 BILHÕES. É, um pequeno empurrãozinho justificado, pelo banco, como uma chance de injetar produtos brasileiros no mercado exterior, especialmente o europeu, já que a fusão daria a maioria acionária (11,7%) do Carrefour à Nova Pão de Açúcar, empresa que surgiria do sucesso da operação. Bela parceria, hein?
O QUE ERA DOCE… Toda essa repercussão negativa (e justificada) fez o BNDES sair da jogada, influenciado pela presidente Dilma Rousseff, que em conversa com Luciano Coutinho, presidente do banco, na última sexta (8), pediu para que a instituição pulasse fora do barco. A imagem do BNDES está mais suja do que de um ex-bbb, e o Governo não quer arcar com o prejuízo financeiro, nem com o político.
Pensando que o BNDES é uma instituição que deveria trabalhar para o fomento de ações que estimulassem o “Desenvolvimento Econômico e Social” do país, acho que nós acabaríamos arcando com o revés. Como sempre.
Luciano Coutinho, presidente do BNDES e, ao que parece,
grande amigo de Abílio Diniz. Daqueles que emprestam
uma graninha quando ele precisa.
(FOTO: Fábio Pozzebom/Ag. Brasil)
MP NA ÁREA Agora o Ministério Público Federal do DF vai investigar toda a operação, para saber o motivo de tanto dinheiro público investido em uma jogada de empresas privadas. O Ministério Público encaminhou um ofício para Coutinho pedindo esclarecimentos sobre a atuação do banco na operação. Todas as informações deverão ser encaminhadas ao Ministério Público Federal do DF em até 15 dias após o recebimento dos ofícios, segundo o JB.

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