Bio – Léo Chermont

Ele é um cara que respira sons. É engenheiro de áudio e parceiro de Arthur Kunz na banda Strobo, que com três anos e meio de vida já tem dois álbuns lançados (“Strobo”, de 2011, e “Delírio Cromático”, de 2012), passou por grandes festivais Brasil afora, como o “Abril pro Rock”, em Recife, e na Virada Cultural de São Paulo, além de serem indicados ao Prêmio Multishow 2013 na categoria Revelação. Nessa quarta-feira (30) eles lançam o clipe de “Minimal” e vocês ficam sabendo um pouco mais quem é Léo Chermont.

NOME COMPLETO
Léo Chermont
DATA DE NASCIMENTO?
13/06/1983
ONDE NASCEU?
Nasci em Belém.
ONDE VIVE?
Moro em Belém.
O QUE JÁ FEZ?
Já fiz muita coisa, sempre relacionadas a musica e áudio. Tive uma casa de cultura independente por sete anos e lá pude trabalhar com vários artistas da cidade e nacionais. Toquei em inúmeros festivais pelo Brasil e conheci a maioria das pessoas que eu admiro no meio musical. Isso me fortalece muito.

O QUE FAZ?
Hoje eu vivo produzindo artistas, fazendo gravações e tocando muito, em especial com minha banda, Strobo, que tem sido um expoente da música instrumental no Brasil.

O QUE GOSTARIA DE TER FEITO?
Gostaria de ter tido mais disposição e tempo para estudar mais meu instrumento (a guitarra), e ter assistido um show do Led Zepellin.

O QUE AINDA QUER FAZER?
Quero ainda fazer várias turnês e tocar em palcos que ainda não tive o prazer de tocar, além de trabalhar bastante com música e crianças.
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RESENHA: A vitória de uma geração


Alemanha vence com gol de Götze a minutos do fim e coroa, enfim, um time formado para ser campeão

Gustavo Ferreira
Schweinsteiger e a taça: merecidos campeões do mundo. (Foto: Shaun Botteril / FIFA)
Como se vence uma Copa do Mundo? Nós, brasileiros, que mais vencemos, e todo o resto do planeta, aprendemos neste 13 de julho de 2014 que uma Copa do Mundo é vencida com planejamento, paciência, treinamento, respeito e coletividade. O Maracanã, maior dos palcos do futebol, entra para a história com a consagração de uma geração que se fez vitoriosa. A Alemanha é a legítima (e merecida) campeã mundial de futebol em 2014.

Nada de apagão! Os alemães venceram por serem iluminados. Joachin Löw não tinha ideia de que, ao colocar Mario Götze no jogo, seria dele o lance da Copa. O menino de 22 anos entrou logo no lugar de Klose, o maior artilheiro das Copas (16 gols, um a mais que Ronaldo), e com um passe do também reserva Schürrle, entrou para a história do futebol alemão. E já passavam dos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação.
O jogo foi tão longe porque, do outro lado, existia uma Argentina como há muito tempo não se via. Outra geração formada há tempos, para superar os fracassos pós-Maradona. Alejandro Sabella formou uma equipe que jogasse em função do homem que os hermanos escolheram como novo deus: Messi. Eleito melhor jogador da Copa, “La Pulga” até tentou fazer por merecer a confiança do seu povo, mas na decisão se escondeu. Não se sabe o que aconteceu com sua coxa, com sua movimentação, com seu talento. Sabemos do resultado. A festa não foi azul e branca no Rio, para tristeza de uma torcida impressionante.
Mário Götze, o homem do tetra. (Foto: Desconhecido)
Mesmo assim, Alemanha e Argentina fizeram uma partida com chances para ambos os lados, marcação cerrada e um pouco de sorte (ou azar). Foi assim que Higuaín perdeu uma grande chance ainda no primeiro tempo, quando recebeu um presentaço de Toni Kroos, de frente para Neuer. Isso aos 20 minutos. Pouco depois, um gol impedido do mesmo Higuaín. Depois, a Alemanha chegou à trave com Höwedes.
Quando Messi perdeu um chute de esquerda, de frente com o melhor goleiro do Mundial, logo no início da etapa final, ficava claro que seria difícil alguém marcar. As chances foram diminuindo, o cansaço foi aumentando e a prorrogação era a melhor opção. Seria a primeira vez que os alemães não liquidariam a fatura no tempo normal. A Argentina veio de uma decisão por pênaltis contra a Holanda.
Messi perdeu gol incrível e a chance de se eternizar como Maradona. (Foto: AFP)
Como eu disse, uma Copa do Mundo também se vence com paciência. A paciência de 14 anos para trabalhar forte na base e saber que a hora ia chegar. A paciência de quatro semifinais consecutivas. A paciência de esperar 118 minutos pelo gol que mudaria tudo. Até Götze receber na esquerda um bolão de Schürrle, matar no peito e tocar no lado esquerdo de Romero. O gol que coroa uma geração que merece servir de modelo. Não criaram nenhum “tiki-taka”, como os espanhóis. Apenas jogaram bonito. Jogaram como um time. Um time campeão. 
Festa de uma geração vencedora. (Foto: Getty Images)

RESENHA: Venceu a Laranja, restou o bagaço


Holanda garante o terceiro lugar da Copa com vitória sobre o que restou da Seleção Brasileira

Gustavo Ferreira
Do banco, Hulk, Neymar e Dani Alves apenas veem mais um vexame. (Foto: Fabrice Coffrini / AFP)
Não foi Claudia Leitte, nem Shakira, nem Ivete, nem Revelação. O tema da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014 é do grande Bezerra da Silva. Mas quis o destino que a letra da canção fosse bem diferente da alegria que queríamos cantar no final. O sétimo jogo do Brasil no Mundial não foi no Rio, e sim em Brasília. Não valeu a taça, e sim o terceiro lugar. E não vencemos. É como diz o samba de Bezerra: “Acabou a comida, acabou a bebida, acabou a canja. Sobrou pra mim o bagaço da laranja”.

Sobrou para todos nós o bagaço de uma laranja holandesa que precisou de 1/6 de jogo para marcar duas vezes (gols de Van Persie e Blind) e confirmar uma tenebrosa verdade: a humilhação das semifinais não foi um mero apagão de 6 minutos. Foi um apagão de 7 partidas, com rápidos lampejos de futebol iluminado. No fim, aos 46, o terceiro gol de Wijnaldum fechou o caixão. Holanda 3, Brasil 0. O 4º lugar em casa pareceu até mais do que esse time merecia.
Time que, em muitos momentos, atuou como um bando desorganizado, espaçado e sem movimentação, no jogo de hoje no Mané Garrincha. Cheio de reservas, Felipão levou a Seleção em campo tentando buscar motivação de todos os lados após o massacre alemão por 7×1. Neymar estava no banco, a torcida chegou a apoiar, o Hino Nacional foi entoado por mais de 68 mil vozes… Em vão.
Incredulidade. (Foto: Felipe Rau / Reuters)
Logo aos 2 minutos, Robben sofreu uma falta fora da área de Thiago Silva. O juiz marcou pênalti, e Van Persie bateu pro gol. O segundo nasceu de uma jogada pela direita, como quase todas da Holanda, com Robben. A bola voou até a cabeça de David Luiz, que desviou para o meio. Péssima escolha. Blind, absolutamente sozinho, matou, levantou e chutou forte. Aos 16 minutos, perdíamos o jogo, uma vaga no pódio e o nosso melhor jogador.
Ninguém funcionou. Jô foi ineficaz na frente, assim como William. Maxwell não resolveu, Maicon tentou, mas a bola não chegava. Oscar decepcionou. A melhor oportunidade de gol foi de Ramires, aos 13 minutos do 2º tempo. Nossa zaga, dita como o melhor setor brasileiro em campo, levou 14 gols, a pior defesa em uma Copa desde 1986. Júlio Cesar, herói nos pênaltis contra o Chile, saiu como o goleiro mais vazado da história brasileira em 20 Mundiais.
Wijnaldum deu o último golpe na Seleção Brasileira, já nos acréscimos. (Foto: Reuters)
Mais recordes negativos quebrados pelo time de Felipão: a última vez que o Brasil deixou a Copa com saldo de gols negativo tinha sido em 66, quando caímos na primeira fase. A Seleção de 2014 marcou 11, saldo de 3 gols negativos. E a última Copa em que a Seleção perdeu duas seguidas tinha sido a de 74.
De quebra, construímos mais um fantasma. Se antes o Uruguai de 50 e a França incomodavam, viramos fregueses também da Holanda, que nos supera pela terceira vez. Nós só vencemos uma, e nos pênaltis, nas semifinais de 98. Sem falar na Alemanha…
E se acabou a Copa para o Brasil, o mundo inteiro ainda tem uma grande decisão para assistir amanhã, a partir das 17h, entre Alemanha e Argentina. Para nós, é hora de repensar em tudo, principalmente na trilha sonora. Para 2018, na Rússia, eu já tenho uma sugestão: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.

RESENHA: Mineirazo


Seleção sofre pior vexame de sua história centenária em “jogo-treino” alemão

Gustavo Ferreira
Hoje em uma foto. (Foto: Eduardo Nicolau / Agência Estado)
Toda história tem um começo, um meio e um fim. O sonho do hexacampeonato mundial da Seleção Brasileira nasceu logo após o apito final da decisão em Yokohama, em 2002, com Cafu levantando a taça. O sonho do hexacampeonato em casa começou em Zurique, em 2007, quando Joseph Blatter anunciou que o Brasil seria sede da Copa de 2014. Hoje, 8 de julho de 2014, esse sonho chegou ao fim, e quis o destino que o time que nos permitiu a última alegria fosse o responsável pelo nosso pior fracasso: a Alemanha. Esse sonho não teve meio… Assim como a nossa Seleção.

Nunca torcemos achando que cada jogo, desde a Copa de 2006, fosse o último. Nunca entendemos cada vitória ou derrota como o meio de uma trajetória, pois o fim sempre seria melhor e mais feliz. Nem mesmo a campanha vexatória da Copa América de 2011 conseguiu apagar esse sonho.
E com três conquistas da Copa das Confederações – 2005, 2009 e 2013 – a gente seguiu acreditando. O fim ainda não estava próximo, a não ser que fosse no Maracanã, em um 13 de julho. 2014 chegou, e nós embalamos, bradando o Hino Nacional, uma equipe sem brilho. A Copa começou e fomos ali, vencendo com atuações razoáveis, mas vencendo. Houve quem pensasse que o jogo contra o Chile nas oitavas tivesse sido o mais sofrido.
Acertou. Contra os chilenos nós sofremos, mas contra os alemães nós nem tivemos reação. Os tricampeões nos impuseram um baile tático – o que não era tão difícil – e, sem pena nenhuma, aplicaram um inapelável 7×1. Inapelável, incompreensível, inexplicável. Quem viu o jogo, e até mesmo quem ainda vai ver, que procure suas próprias conclusões sobre essa tarde no Mineirão.
E como história pela metade não existe, o Brasil perdeu ainda o recorde de gols em Copas de Ronaldo. O Fenômeno, com 15 gols, assistiu da cabine da Globo o atacante Klose marcar o 16º.
Na verdade, o Brasil perdeu muito mais. Perdeu o posto de seleção com mais finais, ao lado da própria Alemanha: eles vão para a oitava. Perdemos a chance de superar o trauma do Maracanazo, de 50. Aliás, a geração de Barbosa precisou de 64 anos para deixar de ser a mais criticada da nossa história. Os comandados de Felipão em 2014 tiraram todo o peso da derrota contra o Uruguai. Só que foi da pior maneira possível.
Essa será lembrada para sempre como a geração de Fred, peso morto. A geração de Paulinho, irregular e sem força ofensiva. A geração de Bernard, inexperiente para uma decisão. Não era isso que esperávamos da geração do Neymar, do David Luiz, de Oscar, de Júlio César. Não era isso que esperávamos desses garotos.

Mas ainda podemos esperar. É só o que podemos fazer. 2018 começa agora, e o primeiro treino será a decisão do terceiro lugar, sábado, contra Holanda ou Argentina. É em Brasília que o sonho do hexa renasce, com a sombra eterna de um jogo que não vai e nem deve ser esquecido. 

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