
7 de abril é o Dia do Jornalista, e o Repórter E apresenta a Bio de um profissional em formação – e quem não é? Com 22 anos ele já cantou, dirigiu curta-metragem premiado, realizou o sonho de estagiar na rádio que sempre ouviu, produziu e cobriu eventos, além de criar diversos blogs ao longo dos seus anos de graduação na UFPA. Ele veio de Ourém. Ele mora no Reduto. Ele é Cult. Ele é Gustavo Aguiar.
Nome completo
Gustavo Antonio Aguiar
Data de nascimento
11 de dezembro de 1992. Sagitariano de 22 anos.
Onde nasceu
Ourém do Pará, cidade de águas cristalinas
Onde vive
Belém do Pará, cidade das Mangueiras, a flor que cheira do Grão-Pará
O que já fez
Participei de Festivais de Música, mesmo não sendo músico. No primeiro ano do ensino médio, meu professor de Biologia conseguiu concretizar o plano de fazer a FEMAE – Feira de Música e Arte Estudantil de Ourém, onde só estudantes participavam apresentando várias peças artísticas. No concurso musical, inscrevi e cantei uma música. É claro que foi horrível, eu tinha 15 anos. Mas pelo menos isso foi incentivo pra mim. Meses depois comprei meu primeiro violão. Dois anos depois eu participei de um outro festival, a FEMPO – Feira de Música e Poesia de Ourém. Esse foi mais legalzinho. Eu e meus amigos não ganhamos nada, mas pelo menos a galera curtiu a música.
Passei em Jornalismo na UFPA, dias depois de não ter passado na UEPA em Design. Depois de consumir bastante Super Interessante decidi cursar Jornalismo na UFPA. Na UEPA, como não tinha esse mesmo curso, fiz Design, porque também foi uma paixão que a Super despertou em mim. Felizmente passei na primeira opção, mas não deixei o desenho de lado. Adoro ilustrar e fazer layouts pra diversos projetos que participo.
Dirigi um filme, mesmo que a crítica e o público não tenham curtido. Na Faculdade de Comunicação da UFPA (Facom), participei da criação do Coletivo Ver-o-Take, um marco dentro da UFPA. Conseguimos produzir dois curtas-metragens: Paralelo e Epitáfio, esse último assinei a direção. Foi uma experiência incrível. Pesquisei bastante sobre cinema e comecei a desenvolver mais essa paixão em mim. O coletivo meio que se acabou, mas deixou um belo legado dentro da faculdade.
ASSISTA | Curta “Epitáfio”, dirigido por Gustavo Aguiar (2013)
Passei no estágio em que mais queria desde antes de começar a fazer jornalismo: na Rádio Cultura. Desde que cheguei a morar em Belém, a Cultura virou uma paixonite. Na verdade, a Rádio Tembés, em Ourém, retransmitia a Feira do Som, programa do Edgar Augusto. Até hoje guardo as etiquetas de “visitante” que recebi nas duas vezes em que fiz visita na Cultura – Rede de Comunicação. No terceiro ano de faculdade passei no processo seletivo e foi um dos melhores momento da minha vida. Trabalhei o jornalismo na prática, diário, cobrindo de tudo. Comecei como produtor mas logo fui fazendo pequenas reportagens. Depois que já tinha aprendido tudo, comecei a “explorar” a Rádio. Pedi pra produzir outros programas, fiz cobertura do Festival Cultura de Verão, conheci uma galera super legal, de quem nunca quero deixar me distanciar.

Organizei um evento estudantil. A Muvuca na Cumbuca, Semana de Comunicação da UFPA, foi um grande projeto na minha vida acadêmica. Com ela, eu me qualifiquei como profissional, aprendi a valorizar um trabalho de qualidade e as pessoas que conservam um grande compromisso com o trabalho, projeto, ou seja lá o que for. Apesar de produção de eventos não ser meu forte, mas cobertura de eventos é. Então consegui explorar isso dentro da Muvuca e trabalhei com pessoas incríveis, que viraram amigos.

Criei uma marca de roupas, que na verdade só foi mais um blog de moda fracassado. A disciplina Moda e Comunicação foi uma das melhores dentro da faculdade. Depois que ela acabou, ficou dentro de mim uma vontade de fazer mais sobre esse tema. Então, criei a Antonio Vinagre, uma marca de roupas que tinha como ideia expor a criação e o crescimento dela. Eu não sabia o que fazer, então usei esse meu defeito como artifício pra ser diferente. Faltou um monte de coisa, principalmente organização (era só eu). Mas consegui fazer coisas legais, como esse vídeo aqui.
ASSISTA | VÍDEO “DIA DOS APAIXONADOS PELA VIDA”
Trabalhei com publicidade Depois de um grande hiato sem trabalho nenhum, consegui um emprego como social media numa agência de publicidade. Bem, eu meio que torci o nariz no começo, porque o que eu sempre quis fazer mesmo é jornalismo cultural, mas sabia que essa experiência iria me render muito. Apesar de curtir o processo de criação publicitário, acho que a experiência não foi das melhores. Mas quem sabe um dia a semente da publicidade não vai florescer em mim.
O que faz
Hoje eu mantenho um dos meus projetos favoritos e que mora no meu coração de todas as formas. O REDUTO CULT nasceu ano passado, quando eu ainda estava vinculado à Rádio Cultura, mas já me despedindo. O fato de só poder estagiar durante 12 meses em ambientes vinculados ao governo estadual me frustrou, mas eu decidi que não queria parar de trabalhar com jornalismo cultural. E pensando que não existiam espaços no jornalismo local para se discutir cultura, sem precisar se vincular a um evento factual, decidi sozinho manter um espaço com essa missão que, pode até parecer bonita, é muito difícil. Então hoje, o blog REDUTO CULT quer discutir cultura paraense criando conteúdo e debatendo sobre e com artistas de diversas linguagens. Até agora tá tudo bem.
Além disso, na semana passada eu comecei a trabalhar num lugar bem legal, que já namorava há um tempo, a Se Rasgum Produções, produtora que realiza durante 10 anos seguidos o Festival Se Rasgum, além de promover diversos outros eventos durante o ano. Ainda tô em processo de adaptação, mas acredito que aqui vou passar por bons momentos da minha vida.
O que gostaria de ter feito
Gostaria de ter tido uma infância mais feliz. Fui uma criança complexada demais, mas curti bastante. Nós éramos/somos pobres, mas a riqueza não traria felicidade pra gente. Então a minha infância foi na rua, nos igarapés, no rio, jogando taco e muitas outras coisas. Queria ter aproveitado mais ao invés de ficar em casa assistindo novela.
Me arrependo de não ter aproveitado mais a UFPA. Pra mim, é a melhor universidade do mundo porque dá tantas possibilidades pros alunos. Eu vivi bastante ali dentro, mas fiquei muito focado dentro do campo da Comunicação. Queria conhecer mais as ações de outros cursos. Talvez um dia eu volte pra lá e, apesar de professor, eu queria desfrutar mais da universidade como aluno. Quem sabe?
Não sou um cara de me arrepender. Acredito que se fiz aquela escolha é porque ela foi a mais importante pra mim naquele momento. O arrependimento só vem depois que a escolha já agiu em você e te transformou. Ou seja, ela sim foi necessária, pra te tornar mais maduro, mais humano, mais feliz, mais de bem com a vida, com uma melhor passagem pela terra. ^_^
O que ainda quer fazer
Lançar pelo menos uma coleção pela Antonio Vinagre. É um projeto que eu ainda não matei, mas eu tô desenvolvendo várias qualidades em mim que o projeto pede pra poder desenvolver um bom trabalho. Um dia o Antonio ainda vai mostrar muita coisa legal.
Lançar um EP e fazer um show. Não sou músico. Toco alguns instrumentos, mas não sou bom. Apesar disso, adoro a música e gosto muito de escrever. Não conheço o meu futuro, então por que não?
Escrever para uma revista de cultura de circulação nacional. Esse é um sonho que um dia ainda vou realizar. Antes esse revista tinha nome: a BRAVO!, grande inspiração do REDUTO CULT, mas como ela foi extinta, quem sabe não seja um revista do próprio REDUTO?! 😀
Escrever um livro. Acredito que a ficção não seja o meu forte, mas adoro escrever e lançar um livro seria um grande sonho realizado.
Fotografar os cinco continentes. Minha grande última aposta/paixão são as viagens. Até criei um tumblr pra compartilhar minhas fotinhas de viagens que vou fazer durante esse ano. Mas nunca realizei uma viagens internacional. Elas virão e vai estar tudo registrado aqui no Vontade de Viagem.
Ter pelo menos um filho. Acredito que o movimento LGBT está forte e latente no Brasil e a adoção de crianças por casais homossexuais – meu caso – vai ser aceita em todas as cidades brasileiras, pelo menos por lei. Já socialmente, acho que tudo é um processo. Pra algumas pessoas demora mais, por isso faço questão de ficar perto apenas das pessoas mais “fáceis”.
Ser professor universitário. O ambiente universitário é encantador. Tantas ideias, discussões de paradigmas, renovações, debates, que parece que você nunca envelhece. Quero curtir muito o mundo, mas pesquisa e debater sobre o mundo é daora.
Ser dono de um bar. É desse jeito que eu quero envelhecer, cuidando de um bar maneiro que promove eventos legais, seja em uma cidade grande ou em Ourém. ^_^
Um comentário em “Bio Especial – Gustavo Aguiar”