Groover faz crowdfunding para clipe de Pé Preto

Música da banda de rock paraense traz influências de blues para história sobre um pacto demoníaco e inusitado; financiamento coletivo começa no sábado (26)  

Gustavo Ferreira

Roosevelt, Leo e Gil, a banda Groover. (Foto: Ludegards Pedro)
Roosevelt, Leo e Gil, a banda Groover. (Foto: Ludegards Pedro)

Era uma vez um bluesman pobre e sonhador. Queria a fama. Uma vez, topou com o diabo em suas andanças noturnas. O capeta queria tirar umas férias e, ao ver o garoto, ofereceu a ele a chance de ficar no seu lugar. O jovem, sem nada a perder, aceitou, e foi provar do seu poder satânico com uma banda vinda direto do inferno. A história desse pacto é contada na música “Pé Preto”, e os autores são os paraenses da banda Groover.

Para contar esse causo, os músicos Leo Tavares (guitarra e vocal), Gil Luís (bateria e backing vocals) e Roosevelt Santos (baixo) estão preparando uma grande campanha de crowdfunding – financiamento coletivo – que começa neste sábado (26), pelo site da eupatrocino, empresa que gerencia projetos desse tipo. O lançamento da campanha vai ter direito a uma festa na sede da eupatrocino (Dr Moraes, 94, entre Nazaré e Braz de Aguiar), com shows da Groover e de bandas convidadas, como a Blocked Bones e a Sokera. No evento do Facebook é possível ter mais informações. O crowdfunding para o clipe de “Pé Preto” tem previsão de ir até dezembro, e quem participar pode ganhar camiseta exclusiva, pôster, ensaiofotográfico e até participação no clipe, que terá produção da Pluvia com a Kashmir Produções.

PLAY | Veja o primeiro registro ao vivo de “Pé Preto”, da Groover (2014)

Essa pode ser uma saída interessante para que bandas e artistas consigam levar adiante suas ideias: “Desde que concebemos a música, nós queríamos fazer o clipe dela, mas sempre esbarramos na questão técnica e financeira”, diz Leo Tavares, que acredita no público que conseguiu cativar com o som da Groover: “entendemos que, depois de conversarmos com o Estúdio Livre Records, nosso selo, de termos feito alguns shows em festivais e participado de vários projetos ao mesmo tempo, vimos que temos uma base sólida que nos permitia ao menos tentar. Esperamos conseguir converter isso em dinheiro para que possamos retribuir todo o apoio que estamos recebendo”.

Quando Leo fala de “vários projetos ao mesmo tempo”, não é exagero. O próprio Leo define a Groover como “uma banda que não gosta de ficar parada”. Esse movimento envolve o planejamento de uma turnê em 2016, a organização de alguns festivais com parceiros musicais, o envolvimento com o projeto Citytrack – que busca revelar os sons das ruas de Belém –, e tudo isso junto com a produção do primeiro CD da banda.

“A Groover é uma banda que não gosta de ficar parada”.

Leo Tavares, vocal e guitarra.

Banda que surgiu em 2013, com um rock n’ roll divertidamente abusado, com riffs marcantes e tiradas interessantes, como a música “Bora pra locô”, lançada no EP de 2014, homenageando um dos espaços de convivência e lazer mais badalados da Belém noturna. No disco, gravado, mixado e masterizado pelo Estúdio Livre Records, o vocalista e fundador da Groover conta que a tradição das guitarras cheias vai continuar, numa mistura que passa pelo blues e pelo heavy metal. “Brincamos dizendo que é um disco para todos os gostos: tem balada de violão, tem metal pesado, tem classic blues, classic rock e tecnobrega (sim, tem mesmo!). Estamos fazendo ele pensando nos antigos fãs, que curtem som bem pesado, remanescente da primeira formação, e para os novos, com um som mais, digamos, rebuscado, com teclado, sax e outros instrumentos”, diz Leo. A precisão é que o lançamento seja nos próximos meses.

Groover no palco. Tem disco novo e muitos projetos vindo por aí. (Foto: Ludegards Pedro)
Groover no palco. Tem disco novo e muitos projetos vindo por aí. (Foto: Ludegards Pedro)

No fim das contas, mesmo falando do diabo, a Groover tem o céu como limite. Mesmo assim, Leo pondera: “Apesar disso, buscamos ter os pés no chão e subir degrau por degrau com muito trabalho e diversão!”.

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