Livro “Feminino à Queima-Roupa” será lançado em Belém

Reunião de poesias escritas por Carol Magno expõe a feminilidade erótica, amorosa, aberta e livre

Gustavo Ferreira

Rogério Folha
A escritora Carol Magno, que lança amanhã (19) seu primeiro livro, “Feminino à Queima-Roupa”. (Foto: Rodrigo Folha)

Carol Magno é atriz, poeta, professora, estudante de Mestrado em Artes, blogueira. É mulher. E do seu percurso feminino e suas leituras de mundo fez poesia. Amanhã (19) será lançado em Belém o primeiro filho de suas incursões na escrita do ser mulher em todas as suas dimensões, uma provocação, um convite à liberdade do corpo e da alma femininas, o livro Feminino à Queima-Roupa.

São 39 poesias escritas nos últimos sete anos pela autora do blog Espasmos Literários, onde experimentou expor suas vivências e inspirações em autores como o mexicano Octavio Paz. Parafraseando o poeta latino, Carol se resume como mulher das palavras: “Poesia é a minha forma fundida de pensar e sentir”. Percebendo, ao longo de suas pesquisas, que esses autores caminharam pelo erotismo, a espiritualidade, a arte e o amor, se identificou com o percurso das personagens e foi se escrevendo: “a criatura que pari já estava andando com as próprias pernas, daí percebi que aquilo era um livro”, diz Carol.

Em seu primeiro livro, então, a mulher erótica é protagonista: “Creio que passo mais pelo erotismo, que ocupa grande parte do livro e que estou mergulhada há pelo menos três anos por conta do meu mestrado, em que estudo a poesia da  belenense Olga Savary, primeira mulher a escrever um livro só de poesia erótica no Brasil, e que a partir dele criei o espetáculo ‘Pele de Terra, minha morada’. Esse tema tem atravessado toda a minha criação artística com muita fúria e acredito que ainda vem muita coisa por aí.”

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Capa do livro. (Arte: Maécio Monteiro)

O lançamento do “Feminino à Queima-Roupa” não será realizado em março à toa. No mês em que a batalha diária pelo ser mulher se torna mais evidente pelo 8 de março. Na visão de Carol, “ser mulher é ser o que se quer e do jeito que se quer, é ser independente e livre para criar, viver, sentir. É se saber dona de uma ancestralidade presente em cada ato. É ter uma história de luta impregnada na pele”. Essa luta está em cada página impressa do livro.

LEIA | Poema “Corra o risco”, de Carol Magno

Corra o risco

Quando sussurro verdades
não é sem alarde, sem agonia
é por saber que ninguém as dirá

verdade é faca cega, chibata
trabalho sujo sem remédio

pois palavras são laminadas
cirúrgicas ao cair da boca
engasgo certo pra se debater

dizer o que não se quer ver
é padecer na solidão

Amanhã (19) o evento de lançamento da obra será um verdadeiro Ato Poético – termo inspirado na artista local Wlad Lima. A programação será realizada na Loja Morada da Da Tribu (Carlos Gomes, 117, entre Campos Sales e Frutuoso Guimarães), a partir de 19h, e é mais do que uma sessão de autógrafos. A ideia é ressignificar a obra, transformando a poesia em música e outras linguagens artísticas: “Para a programação convidei vários artistas da cidade como as atrizes Romana Melo (Cia Palhaços Trovadores), Lourdes Guedes (Cia Mãos Livres),  Sandra Perlin (Bando de Atores) e a bailarina Aide Danzk (bailarina), os músicos Renato Torres e Armando de Mendonça (Cantos de Encantaria), Jade Guilhon, JP Cavalcante, Dionelpho Jr, e as cantoras Samantha Allevato e Gláfira. Ah, e eu nos vocais com o Cantos de Encantaria e na performance”.

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