Nove faixas mostram o som sem rótulos da banda paraense, formada por novos adultos, e que completa cinco anos na estrada
Com informações da Assessoria

Eles estão na faixa dos 20 e poucos anos de idade. São os herdeiros de uma geração que mal nasceu, a geração Molho Negro, Turbo, Strobo, Aeroplano. Uma geração que cresceu ouvindo a nova música autoral paraense. No caso dos quatro meninos da banda Zeromou, a música deixou de ser diversão auditiva para se tornar… Diversão. Porque no palco é assim, eles voltam a ser aqueles meninos de 13, 14 anos, que formaram o quarteto de rock underground em 2011, lançaram dois EPs e hoje exibem com orgulho o primeiro disco, homônimo, lançado neste mês. Herança de uma geração feita por eles.
Daniel Kahwage, Lucas Ferreira, Leonardo Pratagy e Rubens Guilhon aprenseram com o tempo que a cena musical de um lugar se faz fazendo. Compondo. Tocando. Misturando. Assim eles foram desenhando a sonoridade da Zeromou: pop psicodélico, alternativo, rock de garagem. Mistura mesmo, mas sem tantos rótulos. “O som depende muito do que a gente tá ouvindo, mas tem coisas que marcam a Zeromou. No final das contas a gente sempre puxa pro lado mais psicodélico, e claro que o psicodélico do Pará soa diferente do resto do mundo, então essa mistura que é legal”, explica Pratagy, baixista e vocalista da banda.

Algumas inspirações? MGMT, Tame Impala, os brasileiros do Boogarins e a clássica Pink Floyd estão na lista. Todas para ajudar os rapazes a construírem o disco, uma reunião de crônicas dos integrantes e suas peripécias juvenis na noite boêmia belenense, desde os tempos em que se conheceram. “Não Sei Se Me Garanto”, “Uva Desgarrada”, “Hey Man”, todos bons exemplos de como ser jovem é bacana. Ser jovens com amigos é mais legal ainda. O guitarrista da banda Aeroplano, Diego Fadul, fez uma participação na faixa “Reidi”, e o disco foi mixado e masterizado por outro brother, o Kleber Chaar, do Fábrika Studio.
Mas atenção! Não confunda frescor com imaturidade. Depois de meia década na estrada, fazendo shows até fora do Estado, os caras sabem muito bem que o lançamento do primeiro disco da carreira representa um momento de transição, o salto para novos projetos. E tudo isso é encarado com a responsabilidade de jovens adultos: “Agora com um pouco de crescimento e amadurecimento, tanto pessoal quanto musical, a gente tá mais pretensioso sim. A gente quer que o disco alcance o máximo de gente que ele puder alcançar, e pra isso é preciso investir muito: esforço, dinheiro, paciência, planejamento”, diz Lucas, o cara dos sintetizadores.
Ouça grátis o disco “Zeromou” nas plataformas Spotify, Deezer, Tidal, iTunes e Youtube. Você também pode baixar o álbum completo no Bandcamp.
Um comentário em “Os jovens experientes da Zeromou lançam primeiro disco”