É mais do que você pensou

Molho Negro revela novo álbum na web, prepara o show de lançamento, e enquanto isso o vocal e compositor João Lemos faz um faixa a faixa exclusivo pro Repórter E

Gustavo Ferreira

Julia Rodrigues
Augusto, João e Raony: a Molho Negro. (Foto: Julia Rodrigues)

Quem curte rock de Belém deve ter pelo menos uma camiseta dos caras. Reconhecimento de uma banda que tá na estrada há cinco anos, já tocou em casas e festivais daqui e de fora do Estado, e que lançou na última sexta-feira (19) o novo disco, nas plataformas Spotify, Deezer e iTunes, além do Youtube. E se você acha que todo esse sucesso virou sinônimo de estrelato, a Molho Negro avisa: Não é nada disso que você pensou.

Esse é o título do terceiro álbum da banda (depois do disco homônimo de 2012, e Lobo de 2014). Augusto Oliveira (bateria), Raony Pinheiro (baixo) e João Lemos (guitarra e vocal) voltam com onze músicas que trazem influências de The Vines, Black Rebel Motorcycle Club, Cake e Autoramas, com letras que continuam sendo crônicas do cotidiano de várias personas: dos jovens que cresceram até ex de relacionamentos abusivos, incluindo uma nova “ode” à indefectível classe média.

Julia Rodrigues_Capa
Capa do disco Não é nada disso que você pensou. (Arte: Julia Rodrigues)

Pra lançar o Não é nada disso que você pensou a Molho Negro vai tocar na próxima sexta-feira (26) no Ziggy, a partir de 22h. Antes disso o Repórter E pediu pro João Lemos, que também é o compositor da banda, pra falar um pouco sobre cada música, sobre o que ele pensou pra fazer nascer cada uma. O resultado foi esse:

1- Não é nada disso que você pensou

– Meio Thee Oh Sees com Autoramas, The Cramps e relacionamentos abusivos everywhere ☹.

2- Classe média losers

– Eduardo e Mônica ficaram velhos e acham que a culpa de tudo isso que ta ai é do PT.

3- Mainstream

– Bandas sem turma fazem o que? Fazem piada dos outros que são legais e descolados.

4- Souza Cruz

– Eu quase virei evangélico aos 15 anos, eu ia pra uma igreja, mas era só porque lá tinha show de metal e rap. Minha família é umbandista e eu peguei uma bela esculhambação da minha mãe. O resto da história tá na música.

5- Maniqueísta

– Eu sou muito fã do Cake e queria que essa música tivesse uma espécie de charme que só eles tem. Tentamos.

6- SUV

– Minha bateria preferida do disco, e ainda foi de primeiro take! Augusto tava inspirado nesse momento.

7- Ansioso, deprimido e entediado

– j o v e n s   a d u l t o s  que se sentem assim também me add.

8- Escrevo mal

– Se eu não consegui explicar bem na própria letra, aqui é que não vai ser melhor, porém confesso que foi uma música que surpreendeu um pouco e estou animado pra ver o resultado dela nos shows.

9- Testosterona

– Você sabe: atitude rock n’roll, tradição, masculinidade aflorada, tudo aquilo que basicamente acaba com a graça de se ter uma banda de rock em 2017

10- Black Rebel Marambaia Club pt.2

– Todo mundo pode achar que é um blues, mas na verdade toda a atmosfera dessa música veio toda da obra do Toni Soares, um artista de Bragança/PA, recomendo fortemente que você ouça “Balanço do mar”, é uma coisa linda, quase um mantra

11- Bad’s

– Bem… 😦

SERVIÇO | Show de Lançamento Não é nada disso que você pensou, da Molho Negro

Data: Sexta-feira, 26/05
Hora: A partir de 22h
Local: Ziggy Hostel Club (Benjamin Constant, 1329, entre Nazaré e Braz de Aguiar
Ingressos e mais informações: Evento do Facebook

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Banda faz crowdfunding para o primeiro álbum

Trio paraense Os Bandoleiros e a Cigana faz rock independente e abriram campanha na internet para arrecadar fundos e produzir disco

Gustavo Ferreira

Mariza Miranda 2
Tamires, Diego e Lucas: Os Bandoleiros e a Cigana. (Foto: Mariza Miranda)

Em 2014, entre meio milhão de habitantes, três fãs de Foo Fighters, Gram, Turbo e Eletrola decidiram se reunir pra fazer um som autoral independente, alternativo. Tamires Nobre no contrabaixo, Lucas Armstrong na bateria e Diego di Paula na guitarra e nos vocais, formaram a banda Os Bandoleiros e a Cigana. De lá pra cá foram apresentações, duas demos gravadas, um clipe do single Mais um Dia, mas agora o passo a dar é maior: a produção do primeiro álbum. E pra essa missão o trio convocou o público na internet, com uma campanha de crowdfunding.

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A poética do sagrado no show “Tambores de Rio”

Cantora Cissa de Luna faz show nesta quarta-feira (17) com obras do compositor André Nascimento, inspiradas em divindades e religiões

Com informações da Assessoria

Walda Marques 2
Cissa de Luna. (Foto: Walda Marques)

Divindades, religiosidade, sincretismo, símbolos de fé e força em cultos da natureza, cuja água é elemento-chave. A poética do sagrado é a inspiração do compositor André Nascimento, cujas canções serão compartilhadas com o público na voz da cantora Cissa de Luna, no show Tambores de Rio. A apresentação será no Teatro Margarida Schivasappa, na próxima quarta-feira (17).

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Marina

Priscylla Gester, 25 anos, mãe da Marina

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Priscylla e sua primeira filha, Marina, que está chegando. (Foto: Fernando Diniz)

Sabe quando algo inesperado muda a sua vida de um dia para o outro? Foi exatamente isso que aconteceu quando descobri a minha gravidez. Vou compartilhar um pouquinho dessa experiência.

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Bio Especial: Pedrox (II)

Bio Pedrox II
Pedrox. (Foto: Acrevo Pessoal)

LogoQuem é você? Onde vive? O que já fez na sua vida? O que você gostaria de ter feito? E o que ainda quer fazer? Em 6 anos o Repórter E já abriu espaço para muitas pessoas se apresentarem, contarem o que são e o que desejam ser. Isso é tão importante para o blog que, em 2013, foi criada a seção Bio, para que a gente possa conhecer melhor as trajetórias de profissionais da terra. Já foram 32 posts, de fotógrafos a novos nomes da música, de candidatos à Prefeitura ao governador reeleito, até nossa Belém já esteve aqui. Hoje, abrindo as comemorações do mês de aniversário do Repórter E, vamos atualizar o perfil do nosso primeiro convidado [relembre a primeira Bio aqui]. Com vocês, de novo, Pedrox.

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