Exposições mostram releituras de símbolos do Círio de Nazaré, nos traços de artistas visuais da nova geração em Belém
Gustavo Ferreira, com colaboração de Gustavo Aguiar

O Círio de Nazaré é uma das tradições populares mais antigas do Pará. Desde que Plácido, o caboclo, encontrou a imagem de Nossa Senhora num igarapé, nos idos de 1792, Belém ganhou um asterisco em seu calendário. Nesses 225 anos os símbolos do Círio estão presentes nas portas das casas, nas cozinhas, na imprensa, nas ruas, nos nossos olhos… Mas o tempo passa, as coisas naturalmente mudam, se reinventam. Nenhuma instituição passa ilesa às transformações sociais e culturais de um povo. Nem mesmo os símbolos de uma tradição bicentenária. E talvez não haja expressão humana que seja capaz de ser a corda que guia essas ressignificações tão bem quanto a arte.